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Fibromialgia: o que é, quais são as causas, os sintomas e como tratar?

20 de dezembro, 2021

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A fibromialgia é uma doença que afeta os músculos do corpo inteiro, pois o cérebro falha ao processar a intensidade do desconforto que o corpo sente. O diagnóstico requer cuidado, visto que a fibromialgia está entre as doenças reumatológicas que não têm causa específica.

A dor crônica pode causar depressão e ansiedade. “Brasil, eu estou devastada”: a frase dita por Lady Gaga evidenciou a discussão sobre a doença após a cantora cancelar o show do Rock in Rio em 2017. Ela estava em crise de fibromialgia, que pode durar até três meses.

Neste post, listamos informações importantes sobre a fibromialgia. Continue a leitura e saiba mais sobre a doença.

O que é e quais são as causas da fibromialgia?

Essa condição reumatológica não tem cura, mas também não é fatal nem progressiva. De motivo desconhecido, a literatura médica sugere a relação da fibromialgia com o mau funcionamento da produção de hormônios.

A doença tem influência na produção de substâncias químicas cerebrais, além de falhar no modo como o cérebro processa as dores. A herança genética também tem parte nessa doença.

Apesar de a fibromialgia não ser autoimune nem inflamatória, é como se o corpo trabalhasse contra ele mesmo. Mais especificamente, o sistema nervoso central atua na intensificação da dor.

O diagnóstico em mulheres é maior que em homens. Esse quadro pode estar relacionado com os efeitos hormonais do ciclo menstrual e a diferença na maneira como as mulheres respondem ao estresse. Apesar disso, as evidências ainda são insuficientes.

É importante realizar exames preventivos para descartar a existência de outras doenças que causem dor.

Quais são os principais sintomas da doença?

A dor da fibromialgia é fluida. Em alguns momentos, o incômodo fica concentrado em um único lugar, intensificando a dor.

Pequenas tarefas como acordar de manhã e pisar no chão podem ser uma experiência de agonia. Em outros momentos, a presença da dor é como um formigamento no corpo inteiro, somado a um lugar específico que parece doer, mas, ao apertar, a sensação escapa.

Imagine receber um beliscão. Primeiramente, acontece a dor aguda, depois, ela passa. Na fibromialgia, a dor aguda de um beliscão pode continuar por horas. Expressões como “parece que um caminhão passou por cima de mim” ou “dor até a ponta do fio do cabelo” são comuns para identificar o universo da doença.

Os principais sintomas da fibromialgia são:

  • alteração do sono e fadiga;
  • depressão ou ansiedade;
  • dor por mais de três meses no corpo todo ou em alguma parte dele;
  • alterações no hábito intestinal;
  • dificuldade de concentração;
  • falta de memória;
  • dor ao toque;
  • dor de cabeça.

As ocorrências variam de caso a caso. Podem ser feitos testes que calculem as dores e a gravidade de suas manifestações.

Há enfermidades associadas que afetam as articulações e precisam ser descartadas, como a dor miofascial, a disfunção temporomandibular, a artrite reumatoide, a osteoartrite, o lúpus e a cistite intersticial.

Como tratar a fibromialgia?

A imaginação passa longe da dor sentida. O sofrimento é real, apesar de ser difícil de tocar em muitos momentos. O fato de não existir um exame que detecte a fibromialgia não diminui sua existência. Um tópico importante a ressaltar, e que por muito tempo dificultou o diagnóstico, é a descrença de familiares e amigos em relação à dor do paciente.

Aliás, três anos é a média de tempo para fechar um diagnóstico de fibromialgia. A resposta para a pergunta “Onde dói?” não é dada em exames, pois eles não apontam lesões musculares nem inflamações.

A seguir, entenda o que é possível fazer para tratar a doença.

Qualidade de vida

O tratamento tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo a dor. Atuar para aumentar a imunidade é fundamental para isso, combinando o uso de remédios e mudanças no dia a dia.

Os remédios para dissolver a dor são utilizados para lidar com a fibromialgia. Antidepressivos (dual ou tricíclico) e anticonvulsivantes (neuromoduladores, como a gabapentina e a pregabalina) aumentam a quantidade de neurotransmissores, minimizando o desconforto.

O Colégio Americano de Reumatologia indica medidas importantes, como:

  • exercícios de fortalecimento muscular e resistência;
  • meditação para treinar a respiração consciente;
  • preparação para o sono, cortando estímulos como luz e sons;
  • evitar o uso de drogas.

Além disso, é válido procurar fóruns e grupos de apoio, para compartilhar experiências. A atitude é uma maneira de saber que você não está sozinho, percebendo as diferenças de cada pessoa em relação à doença. A rede de amizades dessa natureza é um poderoso remédio no aumento da qualidade de vida.

A busca por informações — por meio de filmes, documentários e livros — ajuda a entender a situação por outros ângulos. Dessa maneira, gradualmente, a fibromialgia será apenas mais um dos elementos que compõem a identidade do paciente, e não o principal.

Rotina saudável

Manter o corpo hidratado ao longo do dia é fundamental. Aliar essa prática a exercícios como yoga e pilates, além de acupuntura, massagens e outras terapias da medicina tradicional chinesa pode ser interessante. O mais importante é manter ativo o processo de educação para hábitos de vida saudáveis.

O tratamento também depende da individualidade das necessidades e das formas de manifestação da doença em cada paciente. Fatores físicos e emocionais podem gerar picos de incidência da dor. O autocuidado como maneira de lidar ou prevenir complicações da fibromialgia, a exemplo da depressão e ansiedade, é essencial.

Além de prevenir outras doenças, ter uma alimentação saudável ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente. É comum haver uma grande equipe médica acompanhando de perto o tratamento, por isso, a comunicação e a busca pelos melhores profissionais é fundamental. Centros de referência especializados em dores crônicas são indicados.

A dor crônica caracteriza a fibromialgia, mas há formas de conviver com o problema. Apesar de haver uma tendência de hospitalização recorrente de pessoas com o diagnóstico, a expectativa de vida está no mesmo nível de quem não tem a enfermidade.

Alguém do seu ciclo de amizades ou familiar pode apresentar um quadro não detectado de fibromialgia. Compartilhe este artigo nas redes sociais e amplie a discussão, para que mais pessoas sejam ajudadas a conviver saudavelmente com a doença.

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